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Gilli Trawangan | The Party Island

Paaaaaaaaaaaaaaarty time!!

Saio da ilha de Bali para atravessar o mar para uma das 3 irmãs das Gilli Islands. A primeira a visitar, Gilli T, como lhe chamam "os amigos". Famosa pela juventude e pelas festas. A diversão começou logo no barco. Deitados no rooftop a aproveitar o sol, música bem alta, bebidas disponíveis. Já se podia sentir uma vibração diferente no ar.

Agarrei a minha mochila da areia e comecei a caminhar guiada pelo google maps até ao hostel que tinha reservado. Por entre turistas, locais, carroças e bicicletas fui desbravando a ilha, cada vez mais para o interior, enquanto ia chuviscando e eu ia acelerando o passo.

A "minha casa" por ali foi o GilliFit, quartos ao ar livre simplesmente com uma cama, uma ventoinha e uma rede mosquiteira. Direito a entrar no ginásio, que confesso desde já não ter usado e um pequeno almoço local que me fez iniciar a manhã a comer arroz. Acho que por 4.5 euros por noite não se pode pedir muito por ali.

Na praia conheço a Zoe, uma rapariga alemã a viajar sozinha no seu aniversário durante 2 semanas. Combinamos juntar-nos para o jantar e damos só um salto ao hostel para tomar uma banhoca e trocar de roupa antes. Vamos a um restaurante com música ao vivo, mesmo ao lado do centro de recuperação das tartarugas. Aqui, vários colaboradores recolhem os ovos de tartaruga até eclodirem, depois mantêm as tartarugas bebés cuidadas até terem tamanho suficiente para as lançarem ao mar. A principal razão, aumentar a taxa de sobrevivência dos bebés uma vez que as aves as comem quando fazem o primeiro percurso do ovo até à água do mar.

Depois de nos deliciarmos com uma carbonara e um caril de vegetais passamos para a cerveja. Uma miúda sozinha senta-se numa mesa perto da nossa e convidámo-la para se juntar a nós. Em cerca de 1h a nossa mesa já junta um grupo de 6 pessoas, que há 1h atrás não sabia existirem.

A Zoe e a amiga alemã que conhecera por ali também a viajar sozinha, a Lynn que estava de férias com amigas que já tinham dado a noite por encerrada, a Atika que escondia a inocência de uma miúda de 16 anos atrás de um visual de uma mulher de 25 e o Carlos, inglês que viveu vários anos em Barcelona e agora estava por ali a gerir Villas.

Entre cerveja, gin e shots de tequila a Lynn vai cantar com os músicos. Uma voz surpreendente, já descontraída pelo álcool, que nos proporcionou momentos incríveis de felicidade. Cantamos com ela, dançamos por entre as mesas e bastou atravessar a rua para ir dar um mergulho nocturno no mar. Posso dizer que fomos amigos naquela noite. Depois de um elemento do grupo adormecer na areia carregama-lo nos nossos ombros até ao hotel onde estava hospedado e fomos deixar cada uma das meninas no respetivo hostel. Tomar conta uns dos outros em viagem é essencial.

Os 2 dias seguintes foram recheados de sol, snorkeling e comida deliciosa! É possível dar a volta à ilha toda a pé em 2h, o que permite explorar os melhores locais para esturricar ao sol, os melhores corais para mergulhar e os melhores restaurantes para comer. Até tivemos direito a sessão de cinema na praia, com pipocas!

Na minha segunda noite na Gilli T fui dar uma volta sozinha depois de jantar. Apesar da vontade de me divertir por ali o facto de estar sozinha bloqueava-me a ideia de entrar num bar qualquer "solita". Mas, se há sensação que viajar sozinha te transmite, é uma coragem ridiculamente forte e uma auto-confiança quase inabalável que te permite ir além dos teus limites mentais e físicos. Pela primeira vez na minha vida, entrei num bar repleto de gente, caminhei até ao bar e pedi uma cerveja, só para mim, sentada ao balcão a curtir a música e o ambiente.

Sorte das sortes, encontro a Lynn da noite anterior e junto-me ao grupo delas. Falámos durante horas até irmos abrir a pista de dança, que apesar da música péssima do DJ, fizemos sucesso. Bar após bar lá decidimos dar a noite por encerrada e elas acompanharam-me até ao meu hostel. Depois de lhes contar a minha história, o meu percurso dos últimos meses sozinha e os meus planos, por momentos fui a heroína delas. Nunca tinha sentido, pelo menos de forma tão forte, o que é ser a heroína de alguém. Fica para um próximo post a descrição daquele momento.

Após 3 dias estava na hora de partir para outro destino, visitar uma das outras irmãs. Próxima paragem, Gilli Air !!!

Alguns momentos em vídeo, ao som do hino das Gilli Islands, "Welcome to my Paradise".


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