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Hicking in Harishchandra Gad


Começamos a caminhar ás 2h da manhã, depois de 1h30 de viagem num autocarro local em que a condução aliada ao estado da estrada torna qualquer tentativa de dormir em nódoas negras. Na cabeça, porque bate constantemente contra o vidro ou contra o poste, nas pernas que encostam aos bancos de ferro, ou nas coxas que acabam por reflectir os saltos agressivos com aterragens pouco suaves.

Lanternas ligadas, música na coluna BT, caminhamos a noite toda por estradas ora planas, ora totalmente verticais em que entre escorregadelas e quedas mais ou menos sérias fomos encontrando força para subir mais um rochedo na esperança de chegar ao topo antes do nascer do sol.

O sol chegou pelas 6h30, mesmo a tempo de desfrutarmos da vista e de recarregar energias com o pequeno almoço rico em proteína. Um arroz amarelo de ingredientes adicionais desconhecidos e, para mim que fui preparada previamente, atum! Uma delicia que partilhei com os restantes esfomeados. Dormimos umas horas por cima dos nossos sacos cama, o tempo máximo até o sol queimar demasiado. Antes de almoço deu tempo para apreciar a vista pela qual tanto suamos para alcançar. Sabe bem chegar ao topo, bem próximos do precipício e apercebermo-nos da grandeza da paisagem, sabe bem quando dá aquele friozinho no estômago "!WOW".

Passamos a tarde a caminhar até outros topos dos topos dos topos, já com muita resmunguisse pelo meio. Minha também, devo confessar. E resmunguei comigo própria enquanto continuava "Trigo, és mesmo fraquinha. Já sabias que não tens muita resistência mas por amor de deus. Toda a gente a conseguir e tu aqui a respirar como se estivesses a correr há...10 minutos. Sim porque quando corres é igual, não aguentas 1km".

Chegamos às nossas tendas mesmo a tempo de ver o pôr do sol enquanto bebíamos o nosso Chai (Chá com Leite na India). Neste local as correntes de ar fazem com que mesmo que atiremos alguma coisa para o precipício o ar a eleve no ar, podem comprovar no vídeo quando um rapaz atira uma garrafa e ela sobe. Parece magia e fez-me ter saudades de casa. Sim, porque em Braga também há um local mágico em que ao parar o carro numa descida ele anda para trás a subir :b

Chegou a hora de jantar. Imensos grupos, apenas compostos por homens devo dizer, cozinhavam em potes gigantes nas suas próprias fogueiras enquanto conversavam e cantavam, a plenos pulmões. Comer ali foi um desafio. Olhamos umas para as outras várias vezes com o pensamento coordenado "Ficar com diarreia aqui não era muito engraçado não". Pratos de esferovite, a comer com as mãos, lá começamos a provar o p

apad, o arroz, o caril, o roti, entre outras delícias que apenas conseguimos comer fechando os olhos ao modo de preparação. O que não conseguimos evitar era ver o número de moscas que iam pousando por ali. Mas...ninguém ficou doente!


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