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Manali | Himalaya Range

  • Mariana Trigo
  • 24 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Saímos de Amritsar já passava das 22h, 8 pessoas numa carrinha INNOVA de 6 lugares que de alguma forma o condutor conseguiu legalizar para 6+1 colocando uma espécie de banco sem encosto entre os bancos do meio, bem vindos à Índia.

Durante as 12h dentro da carrinha fomos trocando de lugar uns com os outros, tentando dormir de que forma fosse menos desconfortável. Por vezes alguém adormecia e escorregava para o chão, treinamos vários pontos de equilíbrio para nos segurarmos uns aos outros com contra forças. A condução do motorista fazia-nos sentir dentro de um vagão da montanha russa, continuamente prestes a descarrilar. Aqui a única regra de trânsito é buzinar, de resto podem andar em sentido contrário, ultrapassar onde quiserem e encostar onde bem apetecer.

Em Amritsar estavam cerca de 30 graus, chegamos a Manali de manhã pela fresquinha, 7 graus. Alguns de nós ainda estavam de chinelos e foi engraçado ver a cara dos Egípcios a sentirem frio pela primeira vez, a verem neve pela primeira vez. Tiramos as malas do tecto da carrinha e nem os casacos conseguíamos vestir, de tão gelados que estavam.

Lá nos instalamos nos quartos, até nos apercebermos que o aquecimento ali existente era praticamente nulo, resumia-se a um aquecedor pequenino elétrico que estava continuamente a ir abaixo porque o quadro da luz ia abaixo. Para ajudar, a água quente era temporária e o nosso chuveiro estava estragado, o que exigia que tomássemos banho à India style, um balde grande para colocar a água e um balde pequenino para ir deitando pelo corpo, mais tarde faço um post especificamente sobre este ponto, agora já me consigo rir do tema.

A congelar durante as primeiras horas lá decidimos ficar e tentar sobreviver. Os dias seguintes revelaram-se magníficos. Paisagens de cortar a respiração, boa comida, zig zag entre sítios tradicionais e restaurantes mais finos e com aquecimento para ir aguentando as temperaturas que chegaram a 0 graus.

As gentes dos Himalaias têm uma anatomia muito diferente dos indianos e claramente trabalham mais. Vimos famílias inteiras a construir a sua nova casa, afirmando que o cimento era uma tecnologia local (nós aceitamos simplesmente), mulheres a carregar às costas pesos infindáveis. O inglês continua a ser uma dificuldade grande nesta zona, apesar de se perceber claramente que na época alta há um turismo massivo de hippies por ali.

O momento mais surpreendente para mim foi quando estávamos a caminhar até às cascatas e ouço um perfeito “Where do you wanna go?”. Olhei para baixo, um índivíduo de 1.20m de altura aí com 7 aninhos perguntava-nos, no seu perfeito inglês, para onde queríamos ir. Fiquei petrificada com aquela criatura tão confiante, à vontade, que ainda nos perguntou de que países éramos e por fim soltou mais umas palavras de sabedoria, “Egypt hmm, it must be hot there now”. Fiz-lhe algumas perguntas para decifrar aquela raridade, acontece que a mãe era indiana e o pai escocês. Ele vivia ali com ambos, gostava e continua a ir à escola. Bem gostava de conhecer a história de amor daqueles dois, da Índia à Escócia.

Deixo-vos com o vídeo da minha experiência com Paragliding :D


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